Na noite de ontem assistimos à
patética coletiva de imprensa dos ministros de Michel Temer para anunciar o
acordo entre o (des)Governo Federal e os líderes do "locaute" das transportadoras
que se juntou à greve de motoristas autônomos.
Eliseu Padilha reuniu a coletiva e
começou a falar sobre vitória. Quando há vitoriosos, sempre há perdedores. Não
há vitória sem que haja derrotado. Derrotados foram o povo brasileiro e o
Estado. Um governo fraco e que perdeu toda a sua legitimidade.
Pergunta que não quer calar: Alguém aí
sabe para que serve a ABIN?
Agora, quem é o responsável por toda
esta anarquia que vivemos, pelo descalabro econômico e político?
A revolta dos motoristas autônomos foi
contra a política de reajuste diário dos combustíveis praticados pela Petrobrás
desde que Pedro Parente assumiu a presidência da empresa. Sabidamente honesto,
Parente passou a praticar nas refinarias o preço internacional dos derivados do
petróleo e utiliza uma política de preços que é usada nos Estados Unidos. Ora,
quem não recuperaria uma empresa falida aplicando aumentos diários e
transferindo toda a variação de câmbio e preço de seu produto, em monopólio,
para o consumidor?
A razão pela qual chegamos a esta
situação pode ser mapeada e não deve ser esquecida.
1.
O discurso de que a Petrobrás é nossa é um engodo para manter o
brasileiro preso numa credulidade espúria. Tanto não é, que fez acordo
bilionário para ressarcir o bolso de acionistas estrangeiros nos Estados
Unidos;
2.
Como a Petrobrás foi assaltada e falida durante os 13 anos de
gestão petista agora, os brasileiros, temos de pagar pelo rombo, pagar a dívida
da estatal com uma política de preços extorsivos;
3.
Que durante o governo de Lula da Silva os planos mirabolantes de
construir refinarias no Maranhão e no Pernambuco e a compra de refinarias em
Pasadena e no Japão, foram das maiores irresponsabilidades já praticadas com
patrimônio público no Brasil!
Aspecto relevante ainda, o colapso do
Estado brasileiro tem por origem do desgoverno o ex-presidente preso em
Curitiba. Primeiro indicou um poste para governar o país, que nunca reuniu
condição para administrar a coisa pública. Por duas vezes escolheu como vice o
presidente mais impopular de nossa história e que agora se mostra incapaz de
retirar o país do atoleiro.
Na noite de ontem (24) a coletiva que
deu por acabado o movimento dos caminhoneiros foi um primor de incompetência e
de surrealismo. O país ficou de joelhos, havia uma sequência de concessões que
não eram para os motoristas autônomos mas para a indústria do transporte.
O governo mostrou-se fraco, tíbio,
incapaz de resolver o problema e se comprometendo com a recriação de subsídios
para o óleo diesel. Tal política, conhecida pelos grandes males que produz, e
vivida na época dos estertores do regime civil-militar, quando a inflação
chegou a 4 dígitos, não deu certo há 40 anos e com certeza não dará agora.
A Petrobrás resolveu pôr do bolso R$
353 milhões nos primeiros 15 dias. Quem pagará a conta quando acionistas
americanos forem ao judiciário para questionar a benesse? Com certeza o contribuinte
brasileiro!
Não sabe o governo quanto prometeu,
quanto vai custar, nem como vai pagar! Enfim, quando é que as velhinhas de
Taubaté irão se convencer que Lula da Silva e seu exército de incompetentes e mal-intencionados
são os criadores do caos que vivemos?
A greve continua! O país continua de
joelhos! E agora José?
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