Não é à toa que o Presidente Bolsonaro
e sua tropa de metralhas, 01, 02 e 03 são assíduos frequentadores dos programas
e dos repórteres do SBT. Na realidade essa frequência nada mais é que a
corroboração do show “Topa tudo por dinheiro” criado por aquele canal de televisão.
O que temos visto de disputas entre o
Presidente da República e o Presidente do seu partido, o PSL, nada mais é que a
disputa por R$ 110 milhões do fundo partidário. Dinheiro público que é distribuído
às agremiações políticas como consolação para o fim do financiamento de
campanhas pelas pessoas jurídicas.
É apenas um vale tudo por dinheiro. É
um constrangimento público, uma rinha de galos por espaço num partido nanico que
emprestou sua estrutura para a vitória de um candidato inexpressivo do baixo
clero da Câmara.
Como a história nos ensina, há que entender
que existem certas condições estruturais que tornam possível o aparecimento de
demagogos. O Brasil mimetiza neste alvorecer do século XXI, os anos 1920-1930
da Europa.
Tanto naquele tempo como agora, os
demagogos surgem das mais variadas formas. Vão desde populistas sem crenças fundamentais
genuínas a ideólogos de diversas convicções políticas. No caso do Brasil, temos
um demagogo sem crenças fundamentais, manipulador de uma rede de “fake News”
só agora denunciada pela sua ex-líder no Congresso. Enquanto estava no comando
da liderança calou-se, agora confirma o que todos já sabiam. Os filhos do
presidente são os milicianos da Internet que espalham falsas notícias e ataques
no mundo virtual.
Sabemos também que muitos destes
atores políticos são racionais, outros irracionais. O nosso presidente é
irracional, busca de forma intuitiva o conflito para chegar ao objetivo de
desmantelar e dominar as instituições em proveito exclusivo de seus filhos.
Com sua irracionalidade, seu agir se
caracteriza por uma personalidade que sempre busca e leva a soluções
crescentemente mais extremas e conflituosas, que não sabem onde parar,
plantando assim a semente da autodestruição, carregando consigo as instituições
do Estado e a harmonia da sociedade.
Muitos destes demagogos estão entre
aqueles que acreditam que qualquer acordo que não seja tático é nocivo. É o
caso do nosso presidente. Para derrubar o Delegado Waldir e passar para seu
filho a liderança do PSL, num golpe de mão bastante imoral, colocou seu Ministro-Chefe
de Governo para tecer um acordo com o presidente do partido, com a renúncia do líder
e a escolha de um terceiro nome, e quando esta se operou, mais que depressa
traiu os acordos para conseguir emplacar o filho na liderança e tentar assim,
tomar as rédeas do partido.
A linguagem comum dos demagogos
populistas, seu estilo e sua alegação ordinária de que são outsiders que
representam os interesses reais do povo ocultam sempre o tipo de demagogo que
provavelmente se tornarão. Importante entender que alguém que ficou 28 anos no
Congresso, que fez dos filhos políticos da velha estirpe, e que bradou para
quem quisesse ouvir que se não ganhasse as eleições era pela existência de
fraude, não é diferente, nem está fora do sistema político. Antes disso é expressão
necessária do sistema em que foi eleito.
Por essas e por outras razões é que
vivemos um “Vale tudo por dinheiro” protagonizado pelo primeiro mandatário da
nação e sua família. O problema é que não sabemos em quem ele se transformará: num
Hitler, num Franco, num Lenin ou num Salazar,
É por isso que devemos nos manter
vigilantes, alertas e recusando dar ibope a este medonho show de horrores. Resistir!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado porparticipar deste blog, seus comentários são muito importantes para mim e tão breve quanto possível, responderei e tecerei considerações sobre seus comentários!